quarta-feira, 9 de abril de 2014

Resenha: Deixe a Neve Cair - John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle

Título: Deixe a Neve Cair
Título original: Let it snow: three Holiday romances
Autores: John Green, Maureen Johnson, Lauren Myracle
Páginas: 336
Editora: Rocco
♥♥♥♥♥
Na noite de natal, uma inesperada tempestade de neve transforma uma pequena cidade num inusitado refúgio para insuspeitos encontros românticos. Em Deixe a neve cair, bem-sucedida parceria entre três autores de grande sucesso entre os jovens, John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle escrevem três hilários e encantadores contos de amor, com direito a surpreendentes armadilhas do destino e beijos de tirar o fôlego. Comédia romântica com a assinatura de um dos maiores bestsellers da atualidade, o livro é o presente de Natal perfeito para os fãs de John Green e de histórias de amor e aventura.

Apaixonante, delicioso, leve, tocante e inacreditavelmente fofo são as palavras que me assaltam a mente quando penso em descrever esse livro. Um livro de contos pode não parecer tão atrativo assim, mas quando os três - cada um a cargo de um dos autores - têm entre si uma ligação brilhante, você se pega sorrindo de uma orelha à outra.

Vamos começar dando nome aos bois: o primeiro conto, escrito por Maureen Johnson, se chama O Expresso Jubileu ("The Jubilee Express", em inglês); o segundo, de John Green, se chama O Milagre da Torcida de Natal ("A Cheertastic Christmas Miracle"); e o terceiro e último, mas não menos importante, é O Santo Padroeiro dos Porcos ("The Patron Saint of Pigs"), escrito por Lauren Myracle.

O Expresso Jubileu - Jubileu Dougal é uma adolescente com um namorado "maravilhoso": popular, querido por todos, que dá muita (*cough* muita) atenção à família e, teoricamente, dedicado - Noah é tudo o que qualquer garota gostaria de ter - mas Jubileu não tem lá tanta certeza de como e por que ficaram juntos (ainda que saiba exatamente quando isso aconteceu: um ano antes, na véspera de Natal). Enquanto os planos do casal - ou melhor, de Jubileu - eram de passar juntos o chamado "melhor feriado do ano", ela é forçada a passá-lo com os avós porque - acreditem - seus pais foram presos por - sim - se meterem numa briga por peças numeradas da Cidade do Papai Noel Flobie - é. Quando é colocada num trem para a Flórida pelo advogado/vizinho de seus pais, Jubileu nem imagina que o mesmo vai ficar atolado na neve por tempo indefinido. No trem, ela conhece Jeb, um agradável garoto que está ansioso para contatar sua (ex?)namorada, com quem teve um, ahn, desentendimento. [E, é óbvio, a história continua a partir daí, mas não vou contar o final, né, gente]

O Milagre da Torcida de Natal - Tobin e seus amigos Duke (uma garota - o nome dela é, na verdade, Angie) e JP estão passando o natal fazendo uma maratona de filmes, mas quando Keun, o amigo que trabalha na Waffle House da cidade, liga para Tobin e orderna - isso mesmo, ordena - que eles se dirijam o mais rápido possível até lá levando o Twister pois um grupo de cheerleaders está na lanchonete, começa uma aventura para conseguir dirigir na neve, e sair da vizinhança cheia de colinas, e chegar a tempo e antes dos amigos dos outros dois funcionários da Waffle House, etc. [A confusão é grande, mas a moral é outra, afinal o subtítulo do livro já diz: três romances de Natal*]

O Santo Padroeiro dos Porcos - O terceiro conto segue a história de Addie, que está muito mal por ter brigado com seu namorado, Jeb (tem a impressão de que já leu esse nome nessa resenha? Exatamente). Há toda uma narrativa em torno de como eles se conheceram e se apaixonaram loucamente, mas tinha um, digamos... (probleminha) problemão: Addie tentara mudar o jeito retraído de Jeb diversas vezes, o que terminou com ele se sentindo inferiorizado e deu no que deu. Jeb então pega um trem para ir visitar sua família, e Addie tenta se desculpar mandando um email, ao qual ele não lê e, portanto, não responde às ligações dela, fazendo-a acreditar que estava tudo acabado. Ao chamar suas amigas para desabafar, acaba apenas ouvindo que é egocêntrica e que não consegue ser altruísta, do que ela discorda veementemente, afirmando que vai dar à Tegan, sua amiga, um miniporco de presente (Tegan é fascinada por miniporcos. Por porcos em geral, na verdade. Mas não-mini porcos pesam 400kg.), e se compromete a tal tarefa. Mas o dia está longe de ser tão fácil quanto ela imaginava.

Claramente, os três contos se entrelaçam de verdade no final do terceiro, e eu juro, gostaria de contar detalhe por detalhe desse livro, que é, de verdade, um dos mais deliciosos que já li - tanto pela leveza quanto pelo jogo de personagens e os enredos hilários -, mas isso fica no gosto de vocês. Espero que tenham gostado, e até a próxima :)

*O português é bastante infeliz na questão de romance (história genericamente longa) e romance (gênero de leitura) serem a mesma palavra e frequentemente confundidas. Mas em inglês, romance (gênero) é romance, sendo que romance (história "longa") é novel - que não significa "novela" - o que também existe no português, mas em inglês chama novella. Enfim.

GENTE, eu sei, passou tempo demais, eusei-eusei-eusei. Mas eu nasci preguiçosa (falem com a minha mãe e vão ouvir que nem respirar eu quis, literalmente) (Pensando melhor, não, não falem com a minha mãe) e a escola exige no mínimo todas as minhas forças quase sempre, então por isso demorei. Enfim, espero que tenham gostado e eu vou tentar postar a resenha de Will & Will: Um nome, um destino.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Resenha: O Teorema Katherine, John Green

PS.: Ei, gente, desculpa a demora! Terminei o livro faz um tempo, mas as aulas começaram e eu me embaralhei. :p
Título: O Teorema Katherine
Título original: An Abundance of Katherines

Autor: John Green
Páginas: 304
Editora: Intrínseca

♥♥♥♥
Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.

Um livro incrivelmente delicioso, uma escrita ótima e aditivos perfeitos - as notas de rodapé, que são mais de 80 ao todo - fazem parecer como se John Green estivesse conversando diretamente com você durante todo o livro, te contando a história de Colin - um sitzpinkler nato -, seus dezenove relacionamentos Katherinísticos, Hassan - o amigo muçulmano que reza alto demais - e uma aventura que inicialmente não tem destino algum - algo que Colin não aprova nada, devo acrescentar.

Especialista em anagramas - o que, muitas vezes, gera trechos hilários - Colin Singleton é um prodígionão um gênio - segundo suas próprias palavras. Mas isso o incomoda. E, honestamente, me incomoda também. O garoto, até certo ponto, é chato demais, sem graça - apenas salvo por Hassan, que o põe pouco fora dos trilhos, e nada intencional/indiretamente o projeta para seu momento eureca¹, e Lindsey Lee Wells, que vai fazer a diferença na maneira de Colin de enxergar as coisas - mesmo no escuro.

Após ser convencido por seu amigo a sair com ele numa fugging² jornada sem rumo, Colin segue desanimado - afinal, aquela "aventura" não iria ajudar em nada a aumentar seu banco de dados ou seu intelecto ou torná-lo um gênio, aparentemente - até que dá de cara com uma placa na qual se lia: "Local do descanso eterno do arquiduque Francisco Ferdinando" e resolve parar. Se o arquiduque morreu em Sarajevo, Bósnia Herzegovina, e era austro-húngaro, o que fazia enterrado no meio do nada, em algum lugar do Tennessee, Estados Unidos? Ele não sabia, mas queria ver aquilo de perto. Isso é a base de todo o desenvolvimento do livro e, acredite, no meio do lugar mais rural onde já estivera, Colin vai aprender muitas coisas - como, por exemplo, que tampões (absorventes internos) têm cordinhas.³
- O problema das suas histórias é que elas não têm moral, cê não sabe imitar a voz de uma garota direito e cê não fala das outras pessoas o suficiente. A história ainda gira em torno de ocê. Mas, mesmo assim, já consigo imaginar um pouquinho essa Katherine. Ela é inteligente. E é só um pouquinho ruim procê. Acho que cê gosta disso.
Narrado em 3ª pessoa, com diferentes storylines - uma no "presente" e outras no passado -, O Teorema Katherine, em alguns pontos, pode ser confuso, mas com um pouco de paciência, você chega lá. Como eu já cansei de dizer, os finais de Green não são surpreendentes, e, sim, compassivos. Há uma compreensão geral do autor com o público e também uma relação bem próxima, o que, de alguma forma, torna a história especial.

Apesar de muita gente achar o livro chato, eu confesso, as notas de rodapé me conquistaram até o último fio de cabelo. Não pelo protagonista, tampouco pelo Teorema - mas sim a maneira como a história é conduzida. O apêndice no final, com aproximadamente 10 páginas, é, nas palavras de Green, estritamente opcional. Mas, como eu leio desde a folha de rosto até os agradecimentos de qualquer livro - especialmente os dele -, é claro que li o apêndice, mesmo acreditando que não entenderia bulhufas do que seria explicado. Surpreendentemente, eu entendi. Até porque falava de funções algébricas, que eu estudei no semestre passado - enfim. Se você gosta de matemática (o que não é muito meu caso) ou gosta de extras em livros, leia sem hesitar.

Não espere por surpresas demais, mas eu garanto, pelo menos, umas duas ou três; O final - tipo, as ultimas 30 páginas antes do apêndice - não é previsível, tampouco chocante, mas tanto as surpresas quanto o final - eu espero - vão fazer você sorrir até as orelhas. 
____________________

¹ "
Heureka!", expressão gritada por Arquimedes (matemático, físico, engenheiro, astrônomo e inventor grego), quando descobriu que a massa de um corpo irregular é igual à quantidade de água deslocada quando este é submerso em água. Ele teria saído pelas ruas, nu, gritando a palavra que, em grego, significa "Achei!".
² Nem adianta perguntar. Leia!
³ É sério.
 Do [mais ainda] popular: nadica de nada.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Let it play: Rainy days


Nada como um bom dia chuvoso e fresquinho, pra ficar enrolado num edredom, cheio de travesseiros à sua volta, com um livro na mão e músicas bem tranquilas de fundo. Concordam? Fiz essa playlist ontem (12), pensando em dias como esse - aqui na minha cidade está chovendo desde então e não parece que vai parar tão cedo. Escolhi 11 músicas que acredito ter tudo a ver com dias assim, desde hits muito conhecidos até outras já nem tanto, incluindo uma versão fanmade que adoro.


Ouviu? Gostou? Se sim, clique no botão "❤" no player para dar like na playlist, ou, em "curtir" no botão do Facebook. Obrigada e até a próxima playlist :)

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Resenha: Quem é você, Alasca? - John Green

Título: Quem é você, Alasca?
Título original: Looking for Alaska
Autor(a): John Green
Páginas: 229
Editora: WMF Martins Fontes
♥♥♥♥

Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras que, cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa, vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o "Grande Talvez". Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young, uma garota inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, que o levará para o seu labirinto e o catapultará em direção ao "Grande Talvez".

Não sabia o que esperar quando comecei a ler esse livro. Ele estava na minha lista, eu ganhei de presente, deixei para lê-lo no mês seguinte. E, eu preciso dizer, o quanto antes você ler este livro, melhor. Primeiramente, porque Miles Halter, o "Gordo", é um adolescente com conflitos bastante parecidos com o que eu considero "cotidiano". Mas não espere um cara problemático, estressado, louco ou qualquer coisa do tipo. "Fissurado" é uma palavra bastante errônea para definir sua paixão pelas últimas palavras; não é doentio, não é insano, é saudável e leve, como um hobby qualquer. Deixe os problemas, estresses, loucuras e inconstâncias para Alasca Young - um verdadeiro gênio dos trotes -, a personagem que vai regrar todo o enredo.
"Segundamente", porque isto aqui não é um romance. Bem, pelo menos, não em uma via de mão dupla. Desde o começo, Gordo se apaixona por Alasca, mas ele está muito longe de conseguir o que quer que seja com ela.
"Você é inteligente como o Coronel", ela disse. "Só que mais calado. E mais bonitinho, mas não me ouviu dizer isso, porque gosto do meu namorado."
Gordo é apresentado à Alasca por Chip Martin - o Coronel -, um cara que mede 1,52m e que é meio atarracado. Gordo, por sua vez, mede 1,80m e é mais magro do que parece possível. Outro personagem que, apesar de quase não aparecer no começo e não ser de muita importância no decorrer do livro, mas que faz toda a diferença no final, é Takumi Hinohito, um japonês que se sente meio deixado de lado por Coronel, Alasca e, por tabela, Gordo - o que, em grande parte, é verdade.

Este é um YA meio diferente, é verdade. Alasca é descrita quase como uma ninfomaníaca (embora, sequer uma vez, essa palavra tenha sido mencionada), e palavrões são tão frequentes que algumas páginas e você já se habituou com eles. E, claro, um situação bastante... tensa entre Gordo e uma garota, logo após Alasca e ele terem assistido a um filme pornô - sim! - mas quem foi a garota, você vai ter que ler pra descobrir.

Eu resumiria Quem é você, Alasca? em duas palavras: "arrastado" e "ótimo". Ok, pode parecer estranho uma coisa tão pejorativa e um elogio falarem sobre o mesmo enredo, mas eu vou explicar meu prós e contras:

  1. A escrita de John Green não te prende. É uma leitura calma e, apesar de adorar ser uma devoradora, ter mais calma e "degustar" o livro, às vezes, pode ser muito bom. 
  2. Arrastado, sim. Porque, de fato, os acontecimentos que fazem a diferença estão depois da metade do livro, e, dado que não há uma aura de urgência que te impulsione a chegar lá rapidamente, você não dá a mínima até que, realmente, se surpreende.
  3. Este livro não é um suspense, mas você se vê muito atordoado por determinado acontecimento, pouco depois da metade, que te prende mais à leitura.
  4. Alasca não me conquistou nem um pouco até que seus motivos fossem desvendados - o que não ocorreu antes de faltarem 20 ou 15 páginas para o fim do livro -, e me deixou um pouco irritada.
  5. Alasca me conquistou muito depois que seus motivos foram desvendados.
  6. Miles é muito divertido e não é cheio de frescuras, não, o que ajuda bastante. A notável ingenuidade e inexperiência dele é uma surpresa divertida que vem logo no começo do livro.
Foram mais prós do que contras... acho que isso é algo, não?
Se pararmos de desejar que as coisas perdurem, não iremos sofrer quando elas desmoronarem.
A mensagem deixada no final do livro me conquistou por completo. Acho que Gordo conseguiu o que queria: chegar ao Grande Talvez de François Rabelais; e acho que, depois desse livro, eu me sinto mais próxima do meu, também.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Cronizando: Herança e liberdade


Há algum tempo, escrevi um texto chamado "Erros" que dizia o seguinte:
É triste como nós acabamos por pagar pelos erros dos outros – pessoas que nós sequer chegamos a conhecer -, ao longo dos anos. A vida foi se transformando de tal maneira que o acúmulo de questões não resolvidas, uma após a outra, criou um campo magnético de histórias que vão, colidem e retornam, para se repetir e repetir e repetir até que haja um fim.
E hoje me encontro degustando o amargo da verdade sob minhas próprias palavras. Me vejo criança novamente - aquela garotinha de lisos cabelos escuros que lhe caíam ao meio das costas -, imitando exatamente o que seus pais faziam, da melhor maneira possível para uma criança de 3, 4 anos. Se eu soubesse...

Ninguém tem como, eventualmente, prever como as coisas se desdobrarão no futuro - o que fazemos é uma estimativa - que nada de aproximada tem - tomando como base o que já vivemos e o que estamos vivendo, no presente. Mas a vida não segue um padrão. A vida tem curvas fechadas e a vida tem declives íngremes demais para que a descida seja suficientemente segura. Quando dizem que esta é uma via de mão dupla, é exatamente isso que se quer dizer: o que pra uns é um declive, pra outros, é um aclive - dependendo do sentido de onde se está vindo. Eu estive no aclive, uma subida longa e meio cansativa mas que, no fim das contas, sempre pareceu valer à pena - algo que eu esperava durar por muito, e muito, muito tempo. E agora, do outro lado, no meio de uma descida longa e veloz demais para que eu possa formar pensamentos claros, contra o vento, sinto a força de todas as coisas que eu dei por garantidas batendo contra meu rosto - abrindo feridas que, quando e se vierem a fechar, deixarão marcas que eu não sei quanto tempo vão demorar para sumir.

Dói notar que tudo o que sou por predefinição é parte de uma marca já deixada em outras pessoas. E dói ver que, tudo o que eu quiser ser, sempre, vai depender da herança emocional que me foi deixada. As pessoas mal sabem... seus descendentes carregam consigo tantas coisas inatas, que provêm justamente de seus progenitores, que, pra eles, não há opção de escolha. Nunca, até que decidam se libertar disso.

Me entristece tanto perceber os costumes que tanto me incomodam em minha própria personalidade, e o quanto me esforço - até então, sem sucesso - para modificá-los, e saber que os mesmos só existem, hoje, pela maneira que fui feita acreditar ser o certo quando meus longos cabelos castanho-escuros ainda eram lisos demais. Talvez servisse de conforto saber que grande parte da minha frieza não é nada que eu defenda ou pela qual tenha optado, se não me magoasse tanto o fato da mesma ser algo com que convivo todos os dias. "Sou poeta e não aprendi a amar"? Não. Eu sou "poeta"¹, sim. E, se tem algo que eu aprendi muito bem, foi a amar. O que, de jeito nenhum, quer dizer que eu tenha aprendido a demonstrar isso; eu amo, e amo com fervor, com tudo o que há e que já houve em mim - uma tentativa desesperada e inerte de sair de um poço onde fui atirada antes que me ensinassem a nadar. A vida.

Por conta disso, sou constantemente levada a repensar e analisar e fazer tudo o que posso, sempre, para ter certeza de que amo do jeito certo. Afinal, se me deixaram herança, esqueceram de deixar definição... Seria isso algum tipo de liberdade? Porque, para mim, parece mais uma prisão.

Isso me leva a reconsiderar se algumas de minhas atitudes foram tomadas porque eu queria proceder de tal forma ou se porque achei que era a melhor solução, puramente baseada no que algumas outras pessoas fariam. Mas eu não tenho como saber a resposta para essa dúvida.

O que eu tenho como saber, no entanto, é que o impulso de escrever, em busca de alguma solução, não é uma herança emocional, mas sim, genética.
E que eu estou, finalmente, me libertando.

¹A expressão correta seria "poetisa", no feminino.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Book haul: janeiro


Acho que posso afirmar que comecei o ano com pé direito - pelo menos no que se refere à leitura. 9 livros lidos em um mês (sendo 2 deles, releituras) é um recorde para mim - recorde esse que vou fazer questão de bater todos os meses, se possível.

6 foram os livros adquiridos/ganhados, mas deles, só li 4. Isso porque eu estive ocupada lendo a Trilogia Wake, da Lisa Mcmann, que emprestei de uma amiga - e ainda, nos primeiros 3 dias do ano, reli Elixir - o qual vocês já viram a resenha por aqui - e Devoted, para, então, ler True, o último da trilogia. Enfim, esse não é um post sobre trilogias, e sim sobre os livros que adicionei à estante. Vamos lá:

  1. True - A verdade, Hilary Duff (Editora iD, 264 páginas): A tão esperada conclusão da trilogia de estreia de Hilary se mostra surpreendentemente reveladora, ainda que vaga. Devorável, porém o livro é pequeno e pontas foram deixadas soltas. Uma boa, mas não excepcional conclusão para a história milenar de Clea e Sage.
  2. Bela Maldade, Rebecca James (Intrínseca, 302 páginas): Um thriller psicológico que deixa seu coração pequenino de tão apertado. Um livro jovem, sexy, como já expliquei na resenha, e muito bom, de verdade. Narrado em 3 tempos diferentes, mas de forma clara e objetiva, se mostra revelador e muito, muito bem justificado.
  3. Quem é você, Alasca? - John Green (WMF Martins Fontes, 229 páginas): Um dos dois livros que ainda não li, é o primeiro romance de Green e também sua primeira publicação no Brasil - tanto que, ao contrário de seus demais livros aqui publicados, não tem um "autor de 'A Culpa é das Estrelas'" nele. Estou curiosa para lê-lo, porque parece um livro interessante sobre a influência de uma pessoa sobre outra - o que foi visto em Bela Maldade, e que me agradou muito.
  4. Cidades de Papel, John Green (Intrínseca, 368 páginas) - E esse, o outro livro que ainda não li, me parece um suspense bastante curioso. Estou conhecendo a escrita de Green aos poucos, e esta sendo um tanto peculiar - na minha opinião-, acredito que foi uma ótima adição à minha crescente estante.
  5. Métrica, Colleen Hoover (Galera Record, 302 páginas) - Esse livro é, no mínimo, incomum. Talvez um dos mais devoráveis que já li, e também bem diferente. Ele me fez refletir um tanto. O slam é um "tempero" super agradável - te faz interpretar os poemas sem se dar por conta, reagindo como os personagens reagiram - fantástico.
  6. Pausa, Colleen Hoover (Galera Record, 304 páginas) - A sequência de Métrica me surpreendeu por ser narrada por Will, e não Layken Lake; eu realmente não sabia até o momento em que comecei a ler. Consegue ser infinitas vezes melhor que seu antecessor - ou pode ser que eu goste mais do jeito de Will de ver as coisas, não sei - mas que eu gostei mais deste, gostei. Há um crescimento muito grande dos personagens, dos acontecimentos e da maneira como lidam com a vida.
Minha estante ficou mais pesadinha esse mês, hein? Ela que chore, porque eu estou é contente com isso e não vou permitir que emagreça (risos). Todos os livros lidos foram devidamente devorados em menos de 24h. (Todos, sem exceção.) Vale acrescentar que Wake - Fade - Gone foram lidos da seguinte forma: comecei Wake na tarde do dia 14, parei, retomei a leitura tarde da noite, parei um pouco antes da metade - terminei-o na manhã seguinte em menos de 3 horas, comecei Fade no fim da tarde do dia 15, parei por algumas horas, retomei na madrugada, dormi - terminei Fade na tarde do dia 16 e já agarrei Gone e (sim) terminei-o às 3h30 da madrugada do dia 17. Sim! Essa foi minha "aventura literária" do mês. A primeira de várias, verdade.

E você, quais livros comprou/ganhou/leu/deu de presente esse mês? Conta pra mim :)

Ah! Esse aqui é meu skoob.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Álbum do mês: Electra Heart


No começo de janeiro (dia 10), quando fiz o post de artista do mês, eu já estava praticamente certa de qual seria minha escolha. Electra Heart é um álbum variado, bem produzido e, principalmente, bem escrito. E, apesar de, aos poucos, The Family Jewels estar caindo em minhas graças, não ficou tocando sem parar no meu WMP nem no meu celular.

Como eu já mencionara no outro post, Marina trabalhou em cima de arquétipos¹ neste album, assumindo diversos pontos de vista. Mesclando verdade, ironia e mentira - onde ela não expressa as suas ideias, mas sim as de Electra -, Marina compôs um álbum homogêneo sem nada se parecer com nada. Vou começar falando um pouco sobre cada uma das músicas:

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Cronizando: A Ênfase


Estou sentada debaixo do chuveiro há pelo menos 20 minutos. O registro aberto até quase desenroscar de seu eixo, mas o termostato, desligado. Está calor. Bem, estava. Já estou encolhida de frio. Noto que a lâmina de barbear com a qual depilava minhas pernas está atirada, logo ali do lado. O sabonete, nem sei onde foi parar. Uma pequena região da minha panturrilha, ardendo. Ensaio um xingamento mentalmente, mas minha cabeça já está longe, bem longe dali.

Não é segredo que eu sempre tendi a ser meio crítica a tudo. Não cética, mas crítica. Analisar tudo antes de ter uma opinião formada; nunca gostei de me precipitar e sair falando bobagens. Mas ultimamente, tenho tentado me desprender disso. Porque venho lendo muito, e livros não foram feitos para o que chamo de "pós-apreciamento"; livros foram feitos para gerar uma onda nova de sentimentos a casa página virada - uma onda não, um tsunami. E o amor está presente em quase todos eles, de uma forma ou de outra.

Terminei de ler Métrica hoje e me peguei pensando onde estava todo o amor que tanto se falava a respeito. Digo, é óbvio que Layken e Will têm uma conexão, e suas vidas se parecem de forma absurda, mas por alguma razão, fui levada a pensar sobre alguns dos casais que vi em livros.

Sempre compreendi o amor de Janie e Cabel, de Wake. Clea e Sage, de Elixir, foram destinados um ao outro. Não há, de forma alguma, algo que os possa separar. Katherine e Mick, de Bela Maldade... dói. Porque amor, na minha mente, é algo bem parecido com o que li por lá. Assim como Hazel e Gus, de A Culpa é das Estrelas - a doença, no fundo, nunca foi o motivo. Foi o intermédio. Já Abby e Travis, de Belo Desastre, eram a mistura mais linda da loucura e da amizade e da superproteção e do amor... e foi então que percebi. Lake e Will - eles não tiveram opção. Bem, pelo menos, não uma opção plausível, no começo. E do universo dos livros, me vi frente à frente com minha própria história.

Se enfatiza a vida no final, disse Will. E agora, percebo que me identifiquei com seus poemas mais do que com alguns de meus próprios.

A culpa não é, nunca, de ninguém. A vida, de um jeito ou de outro, sempre está por trás de tudo. E vejo que, pouco a pouco, as atitudes tomadas por cada um dos personagens que citei, em relação ao outro, são justificadas. Por isso. Porque a vida toma rumos que não conseguimos prever. Porque a minha vida tomou rumos que eu JAMAIS imaginaria. Porque nem em mil, nem em um MILHÃO de anos eu trocaria o que a vida enfatizou para mim. Porque, não fossem os acasos, os desencontros, a confiança que disso se gerou, a experiência que tudo isso me trouxe, meu coração, hoje, nada sentiria além de dor. OU PIOR! Talvez, um muito provável talvez, ele não sentiria nada. NADA. E, nem nos momentos onde o medo preenche tudo o que há em mim - das grandes lacunas às pequenas frestas -, eu trocaria quem a vida me deu. Porque ninguém, além da cruel e derradeira e meticulosa vida, jamais me dera um presente tão grande.

E mais uma vez, eu compreendi - a vida e o amor são como... brownie e sorvete. Você pode, perfeitamente, comer um de cada vez, ou apenas comer um e não o outro. Mas os dois, juntos, fazem muito mais sentido. E ambos tem um leque quase infinito de sabores - cada um com sua particularidade, cada um com seus adeptos. É exatamente como nos livros: cada história, um tipo de amor, um tipo de enredo, um caminho trilhado. E, como foi muito bem citado por Hilary Duff em Devoted, disse Antoine de Saint-Exupéry:
O amor não consiste em olhar um para o outro, mas para a frente, juntos, na mesma direção.
OBS: Este é um texto bastante diferente dos quais com que estou acostumada. Mas eu senti que precisava escrever. E, com o perdão do pleonasmo, tudo escrito aí em cima são fatos reais que aconteceram, mais ou menos, 20 minutos atrás. E os negritos, itálicos e caps, pode reclamar com a Colleen Hoover. Culpa dela.

sábado, 25 de janeiro de 2014

Masterpost: a semana do blog

Nessa semana, foram 4 posts. Os aniversariantes do mês, a coluna cronizando, uma resenha e uma playlist. Veja abaixo:

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Let it play: Clássicos lançados antes de 1990


Não é preciso saber muito sobre música pra saber que músicas antigas são, em sua grande maioria, ótimas. Os clássicos, então, não precisam de apresentações. Fiz uma seleção com 8 músicas muito conhecidas, todas lançadas antes de 1990 - algumas bem antes - e 2 bônus. Espero que gostem de música antiga, e espero que gostem mais ainda da playlist :)

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Resenha: Bela Maldade, Rebecca James

Título: Bela Maldade
Título original: Beautiful Malice
Autor(a): Rebecca James
Páginas: 302
Editora: Intrínseca
♥♥♥♥

Um segredo devastador. Uma vida destruída. Uma nova amiga que ajuda a esquecer. E se ela não for quem aparenta?
Após uma horrível tragédia que deixou sua família, antes perfeita, devastada, Katherine Patterson se muda para uma nova cidade e inicia uma nova vida em um tranquilo anonimato. Mas seu plano de viver solitária e discretamente se torna difícil quando ela conhece a linda e sociável Alice Parrie. Incapaz de resistir à atenção que Alice lhe dedica, Katherine fica encantada com aquele entusiasmo contagiante, e logo as duas começam uma intensa amizade. No entanto, conviver com Alice é complicado. Quando Katherine passa a conhecê-la melhor, percebe que, embora possa ser encantadora, a amiga também tem um lado sombrio. E, por vezes, cruel. Ao se perguntar se Alice é realmente o tipo de pessoa que deseja ter por perto, Katherine descobre mais uma coisa sobre a amiga: Alice não gosta de ser rejeitada...

Atenção: esta resenha não contém spoilers grandes, mas pode conter algumas revelações do começo do enredo. Se não deseja saber, não leia.

Brilhante e diferente. São essas as palavras que, na minha opinião, melhor descrevem esse livro. Não espere por um grande suspense - na verdade, o thriller aqui é todo focado no psicológico. 

Ao virar as folhas de rosto, damos de cara com uma revelação enorme para uma introdução: Alice está morta. E a vida de Katherine Patterson, mudada para sempre. Mais ainda. Mais do que ela imaginara ser possível antes de conhecer Alice, e em níveis absurdos para Katie Boydell, seu antigo "eu" - antes de sua irmã, Rachel, ser brutal e covardemente assassinada.

Alice é popular, linda e misteriosa. Parece ser a pessoa mais gentil e bondosa do mundo, e, pela primeira vez em quase 2 anos, faz Katherine se sentir parte de algo, se culpar um pouco menos por ainda respirar. Junto com Robbie - um jovem lindo e com traços de uma tristeza não justificada em relação a Alice -, os três saem, se divertem, riem e vivem suas vidas como uma só. Mas não por muito tempo antes que as coisas comecem a dar errado.

Se alguém me perguntar o por quê de eu ter ficado fisicamente mal quando terminei o livro, eu tenho uma resposta. Há romance. Há tragédia. Há trauma. E onde há tudo isso, há Thaís chorando - ou não. Porque eu estava no carro. Indo para a praia. Com meus pais. Não pude chorar. Entenderam?

Não, Bela Maldade não é um livro sobre romance, é um livro sobre os níveis que a manipulação psicológica pode atingir - principalmente, sobre os efeitos da mudança de uma vida perfeita para uma vida destroçada e marcada para sempre - que envolve romance. E, acredite, mesmo que você não seja uma pessoa lá muito romântica, esse livro vai partir seu coração. A frase usada pelo The Wall Street Journal para descrever o livro não poderia ter sido mais certeira: "Um thriller psicológico e sexy, brilhantemente construído." Katherine tem 17 anos, Alice, 18. São adolescentes. Jovens. Curiosas. Acho que já é possível compreender o que o WSJ quis dizer com "sexy".

Se você quer uma dica, esteja sozinho quando terminar esse livro. Porque, apesar dos choques e sustos que você pode, eventualmente, levar no decorrer do enredo, Bela Maldade vai te fazer chorar - de desespero, de tristeza - apenas nas últimas 20 páginas. E com intensidade. Rebecca James fez uso de sentimentos universais e eternos, nas palavras do L'Express; e, com estes, você vai sentir na pele a dor de Katherine. Não espere por um epílogo trágico, ou por mais dor. Espere pela conformidade e a lida diária com os monstros que a vida já apresentou - como em A Esperança, de Suzanne Collins.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Cronizando: A vida pede licença


Há não muito tempo, tenho me sentido compelida a saber, a procurar, a não me dar por satisfeita com nada inferior ao que realmente me satisfaz. É por observar exemplos de pessoas as quais viveram suas vidas inteiras se contentando com pouco - ou, no mínimo, com menos do que se tivessem se esforçado - e que chegaram ao fim ouvindo as vozes retumbantes do arrependimento gratuito e encarando o remorso de serem os únicos culpados pela lacuna deixada em suas vidas, que paro para me observar.

Já me deixei esquecer o prazer que a leitura sempre me proporcionou e, decidi encontrá-lo novamente. Não tive que fazer muito - li, li mais, e li de novo, e continuo lendo.
Me permiti sentir mais, também. Me entregar a quaisquer emoções, pouco me importando com o quão volúveis ou passageiras elas são. Sentir tudo que está a minha volta, viver o hoje e, viver o hoje pensando no amanhã, se eu quiser que seja assim. Qualquer um sabe que é praticamente impossível levar a vontade de fazer tudo, todos os dias, ao pé da letra.

Há algo de muito belo, e até nobre, em se permitir apenas ser, qualquer seja o significado disso. O que eu imagino como definição do verbo "ser", hoje, amanhã pode não mais existir; e nós - você e eu, eu e todo mundo - podemos nunca imaginar a mesma coisa. Talvez sim, talvez não. E não há nada de errado com a incerteza. Na verdade, o incerto pode ser muito interessante, dependendo do proveito que dele se tira.

Gaste mais tempo pensando, refletindo - ou então não gaste tempo nenhum, e apenas faça o que sentir que deve. É sobre isso que estou falando - não se imponha, não se cobre. Faça o que quiser e não faça nada, se for o que você quiser.

Ouça mais aos outros, ouça mais a si mesmo. Ou fale. Fale, ouça, e fale mais. Fale tudo o que tem para dizer, da maneira que achar correta - e não se culpe caso pense um pouco demais antes de fazer as coisas, se assim acontecer - apenas não desista; siga em frente, e faça o que deseja.

Fique sozinho no escuro, ouvindo as batidas incessantes de seu coração inquieto. Ria sozinho. Chore com estranhos. Desligue o ar condicionado e sue o quanto aguentar. Corra na esteira. Corra ao ar livre. Durma lá fora. Jogue água no rosto, molhe todo o resto. Tome banhos frios. Tome banhos quentes. Vá a praia. Fique descalço. Sinta a água do mar. Mergulhe. Volte. Nade. Leia. Viva a vida dos personagens. Sinta-se como eles. Escreva. Ouça música. Dance até a exaustão. Continue dançando. Respire.

Faça de suas ações um reflexo de seu interior.
Faça de você uma versão mais nítida do que realmente é.
Viva e mude seu jeito de viver quantas vezes for necessário.
Mude de opinião. Ouça outras. Mude outra vez.

A vida pede, sim, licença para passar - e a escolha de deixá-la ir, ou não, é sua e de mais ninguém.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Aniversariantes do mês de Janeiro


Eu ainda me impressiono com a quantidade de gente que faz aniversário esse mês - desde artistas a pessoas que conheço.

Alguns dos famosos que aniversariam em janeiro são: Bradley Cooper (5) - Alex Turner (6) - David Bowie (8) - Nina Dobrev (9) - Zayn Malik, do 1D (12) - Liam Hemsworth, Orlando Bloom (13) - Dave Grohl (14) - Jô Soares (16) - Michelle Obama*, Jim Carrey (17) - Dolly Parton, Janis Joplin (19) - Paul Stanley, do Kiss (19) - Ellen DeGeneres (26) - Oprah Winfrey (29).

Escolhi algumas coisas de cada artista grifado para listar:

  • Bradley Cooper: assista Silver Linings Playbook (O Lado Bom da Vida, em português) e American Hustle (Trapaça). O primeiro é, sem dúvida, um de meus filmes favoritos (eu amo dramas. Amo.) Em ambos, Bradley contracena com Jennifer Lawrence.
  • Liam Hemsworth: assista The Hunger Games: Catching Fire e The Last Song (A Última Música, baseado no livro de Nicholas Sparks). Eu não gosto do Gale, ok, fato definido, mas sendo o Liam, vale a pena...
  • Jim Carrey: assista de novo aos clássicos Ace Ventura, The Mask e Me, myself and Irene (Eu, eu mesmo e Irene).
  • Ellen DeGeneres: você sabia que Ellen fez a voz original de Dory (Doris), de Procurando Nemo? Sim! Ver animações legendadas é um tanto divertido, eu recomendo. Não menos importante é o seu hilário talkshow, que é transmitido 5 dias por semana - em diferentes emissoras dos EUA. Originalmente, é da NBC.

E, as pessoas que eu conheço que aniversaria(ra)m este mês são a Bárbara (dia 13) e a Ariel, do Being Journalists (dia 18). Feliz aniversário, meninas! ♥
Acesse o blog pessoal da Ariel aqui.

Faz aniversário em janeiro? Ouça a playlist de aniversário.
* Michelle Obama é Michelle Obama. Ponto.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Masterpost: a semana do blog


Oi! Então, essa semana no blog eu me atrapalhei com posts pré-aprontados (novidade!), então, foram apenas 3 posts + o masterpost semanal, que é o que você está lendo. A semana contou com uma crônica para o cronizando, uma tag literária e uma resenha! Então, foram duas estreias de colunas esporádicas que vocês verão de tempos em tempos, aqui no blog. Segue um pouco sobre cada post:

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Resenha: Elixir, Hilary Duff

Título: Elixir
Título original: ""
Autora(s): Hilary Duff & Elise Allen
Páginas: 280
Editora: iD
♥♥♥♥

Uma alma gêmea para a vida... ou a morte
Com seus dezessete anos, Clea Raymond vem sentindo o brilho dos holofotes desde que nasceu. Filha de um renomado cirurgião e uma importante política, ela se tornou uma talentosa fotojornalista, refugiando-se em um mundo que a permite viajar para diversos lugares exóticos. No entanto, após seu pai ter desaparecido em uma missão humanitária, Clea começa a perceber imagens sinistras e obscuras em suas fotos revelando um belo jovem — um homem que ela nunca viu antes.

Quando o destino faz Clea se encontrar com esse homem, ela fica espantada pela conexão forte e instantânea que sente por ele. Conforme se aproximam e se envolvem no mistério do desaparecimento do pai de Clea, eles descobrem a verdade secular por trás dessa intensa ligação. Divididos por um amistoso triângulo amoroso e assombrados por um poderoso segredo que afeta seus destinos, eles embarcam em uma corrida contra o tempo para desvendar seus passados e salvar suas vidas - e seu futuro.

Primeira resenha do blog! Ai, nervoso... ok, vamos lá. Escolhi Elixir como o primeiro livro para resenhar por dois motivos: 1. Eu já o li pelo menos 4 vezes, então conheço a história; 2. É um dos meus favoritos.


Nos sonhos e no amor, não há impossibilidades.

Esse foi, de verdade, o primeiro romance que eu devorei. Na época em que o li pela primeira vez, em novembro de 2011, eu não estava acostumada a ler muito rápido, e nem os livros que realmente me agradavam me prendiam tanto. "Ok, então, por que você deu 4 de 5, e não 5?" Porque o segundo livro da trilogia é infinitas vezes melhor! Mas vamos nos concentrar no primeiro, que é o alvo da resenha.

Sem mais delongas, Elixir é o primeiro de três livros, é sobrenatural, com um bom fundo de pesquisa e uma deliciosa viagem pelo mundo que te leva a diversos lugares. Narrado pelo ponto de vista da protagonista, o livro traz cenários como Paris, Tóquio e um dos grandes acontecimentos do livro tem o Brasil como plano de fundo (sim!), o que desperta uma curiosidade fundamental no leitor (mais precisamente nos brasileiros).

Clea Raymond é uma adolescente com uma visão bastante racional do mundo - esta herdada de sua mãe, Victoria Weston. Já seu pai, Grant Raymond, apesar de ser um cientista, acreditava piamente nas "coisas além da compreensão humana", do que ela e Victoria achavam graça. Porém, após o misterioso e inexplicado desaparecimento de Grant, sua mãe entrepôs uma muralha entre ela e qualquer assunto que envolvesse a "morte" do marido, e Clea se vê tendo de lidar com isso praticamente sozinha, se não fosse por Ben, seu agora melhor amigo; no entanto, a melhor companhia dela desde sempre fora Rayna, uma divertida garota que se apaixona fácil demais e adora qualquer - literalmente, qualquer - coisa que tenha um ar "misteriosamente romântico". Descrente de que qualquer coisa possa não ter uma explicação lógica, Clea vê sua vida inteira virar de cabeça pra baixo em uma questão de minutos, quando vê um homem desconhecido em uma, duas, três de suas fotos, até num lugar fisicamente impossível de se estar...
Abri os olhos, atordoada e perdida. A TV estava berrando dicas de como assar um peru, e a realidade voltou a reinar: meu quarto, minha cama, o canal de culinária.
Rayna me cativou por ser espontânea, cara de pau e sexy, tudo isso sem deixar de ser sonhadora e uma ótima amiga. Já Clea me conquistou por motivos dentro da história... apesar de agir de forma imatura algumas vezes, se você para pra se colocar em seu lugar, fica compreensível. É muita coisa para uma pessoa só aguentar.

A escrita é leve e te envolve sem que você perceba. Diferentemente de Belo Desastre, da Jamie McGuire, por exemplo, em Elixir você não sente que ficar sem virar a página vai fazer seu coração parar de bater - exceto no final - mas você simplesmente não consegue largar do livro, porque você quer saber mesmo assim. Divertido e engraçado em vários momentos, o livro é, em parte, "adolescente", se você não levar em conta que Clea é - até certo ponto - meio sisuda para sua idade e que a história de amor e tragédia por trás dela está longe de ser coisa de criança.

O livro dá guinadas rápidas que, apesar de não chegarem a confundir sua cabeça, facilmente confundem seus sentimentos. E é bem provável que você mude de opinião sobre os personagens a cada capítulo.
O final - e por "final", me refiro ao último capítulo inteiro - causa uma agitação emocional tão grande que, se o livro te envolveu, como o esperado, é muito provável que você chore. Mas Elixir é o primeiro de três livros, os quais todos já foram lançados no Brasil, e o final dá medinho, mas não instiga tanto assim. Quanto ao segundo livro, falo nada...
PS: O livro merece um destaque pro design, todo decorado com flores-de-íris, símbolo da personagem.

Por hoje, é isso! Espero que, se você ainda não leu, tenha ficado com vontade de ler Elixir - eu tentei ao máximo não dar spoilers, juro. Logo, logo eu volto com a resenha da sequência dele, Devoted. Até a próxima :)

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Cronizando: E eu


Eu seria um pássaro, empalhado sobre a mesa, ou até
seria eu uma borboleta, abdicando da liberdade que me fora dada para passar meus curtos dias ao teu lado.
Eu seria um cão a te proteger de tudo e de todos,
e eu seria um filhote de gato, para sempre, a te fazer sorrir por 7 vidas.
Eu seria uma folha no outono, com minhas cores pálidas a colorir o teu jardim, ou então
seria eu o inverno, a acomodar a neve sobre a soleira da tua porta, te impedindo de sair ao frio.
Eu seria melodia a ressoar em teus ouvidos num dia fresco de primavera, mas
eu me faria letra, e me repetiria em tua mente e sairia por tua boca.

E não importa o que eu fosse, eu te ouviria todos os dias
e então eu te diria que nada mais importa.
Eu seria tudo que você quisesse,
e eu seria tudo, se você assim o quisesse.

E eu seria forte, muito mais forte,
seria rocha, que vento nenhum move ou destrói
mas eu já sou forte, tão forte
que o medo que há dentro não dissipa, corrói.
E eu penso que não há mais saída para nada,
mas eu sei que é mentira no momento em que fecho os olhos;
minha mente, já tão destra em reproduzir nossos momentos
me faz te ver sorrir de novo e eu relaxo.

Minha mente, meu medo, meu anseio
todos eles me pregam peças
E eu tenho noção de todas elas
e de todas as vezes que sucumbi à incerteza,
um gesto de não muita destreza,
mas de desespero e dor,
E eu sei que só o seu amor
me libertaria de todas as pressas.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Tag: Meta de Leitura 2014


Oi, gente! Então, fui marcada na minha primeira tag! Queria agradecer as fofas Natascha, Júlia e Ariel, do Being Journalists, por me marcarem. A tag foi criada pelo Mundinho Fictício e é bem simples - então, espero responder à altura!

Regras:
  • Divulgar o selinho no seu blog e linkar o Meu Mundinho Fictício
  • Colocar o banner do selinho Meta de Leitura
  • Responder os tópicos abaixo com os livros que pretende ler em 2014
Observações:
  • A Meta de Leitura é isso mesmo, uma meta, não um desafio.
  • A lista compreende os livros que mais deseja ler em 2014, e não todos que pretende ler ao longo do ano.
  • A quantidade de livro em cada tópico fica a critério de cada um.
  • Convide quantas pessoas quiser!
Mãos à obra:

1. Os lançamentos mais aguardados de 2014
Enders
A Escolha
A Beautiful Wedding (em português) 

2. Livros já lançados, mas que ainda não tenho
A Seleção/A Elite
Pausa (Slammed 2)
Starters
O Teorema Katherine

3. Livros adquiridos em 2013:
Belo Desastre
Desastre Iminente
(muito pouco, eu sei)

4. Livros adquiridos antes de 2013 que (finalmente) lerei:
-

5. Livros que irei reler:
A Culpa é das Estrelas
Belo Desastre
Trilogia Elixir

Comprei tão poucos livros ano passado, que vergonha! Vergonhas à parte, estou trabalhando nisso, e comprando livros! Espero que tenha feito direito na primeira tag e eu indico ela pra Ana, do Prefira Girafas.
Beijos, e até breve :)

sábado, 11 de janeiro de 2014

Masterpost: a semana do blog


A primeira semana do blog contou com seis posts, sendo eles um especial, um post da coluna cronizando, um capítulo da história intitulada Privity, o post de artista do mês, uma playlist e, finalmente, o primeiro masterpost semanal! Gostaria de agradecer a todos os que leram, dando ao blog, em menos de uma semana (completada apenas na próxima terça), 625+ visualizações! Segue um pouquinho sobre cada post:

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Let it play: playlist de aniversário


Em um aniversário, tão importante quanto o aniversariante, os convidados - e os presentes! - é a música. Fiz aniversário essa semana (confira o post aqui) e, como não poderia faltar, fiz uma seleção das minhas birthday songs favoritas - fosse por falarem da data em si, fosse por terem um ritmo perfeito pra dançar num dia animado. Espero que gostem, e feliz aniversário! (pra mim e pra quem mais fizer aniversário hoje) :D

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Cronizando: O mundo e o esquecido


Há quem diga que o Natal e as festas de fim de ano são jogadas de marketing, da qual todos os comerciantes e lojistas se aproveitam  para vender mais. Pode ser verdade, até certo ponto. Mas caminhando com meus pais sob as luzes da cidade - que este ano foi toda colorida por festivas luzes noturnas -, o que vi não foi nada disso. Vi estranhos, pessoas que eu jamais vira na vida, sorrindo para nós, desejando Feliz Natal/Feliz Ano Novo simplesmente porque é o que faríamos todos, anos atrás; mas parece que em geral, nos esquecemos de alguns hábitos.

Ontem, dia de Reis, no encerramento das comemorações na principal praça da cidade, comentei de canto com minha mãe sobre as maquininhas de fazer bolha de sabão em grande quantidade, as quais vinham decorando a cidade nos últimos dias; logo após, um senhor, um comerciante que vendia as tais maquininhas, espontaneamente pegou uma delas e, enquanto eu caminhava, começou a fazer várias bolhinhas na minha direção...
Quando me dei por conta, o que consegui fazer foi dar-lhe um tímido, porém agradecido sorriso com olhos ameaçando lacrimejar. Não sei se fora por eu aniversariar no dia seguinte, ou se porque sou suscetível à emoção dessas datas, mas não importa; 2013 foi embora e 2014 chegou com uma sensação de renovação. Não pelas "promessas de ano novo", nem  por 7 ondas puladas, nem por uvas ou romãs ou qualquer tipo de simpatia característica, mas pelo senso de coletividade que renasce, - e parece morrer ainda antes do carnaval - pela esperança de que, no fundo, "humanidade", como substantivo, ainda signifique o que significava quando o mundo não via o que vê hoje. Quando todo mundo conseguia se ver de maneira igual, quando a vida era realmente o espelho de todos nós - mas isso não é mais uma regra.

O que eu quero dizer é que, se há algum pedido a ser feito para 2014, não é mais prosperidade para si, nem mais dinheiro, ou mais "paz". Há de se pedir coragem, inocência, pureza. Coisas, no geral, tão simples, mas que nos fazem tanta falta. Você, por exemplo, penduraria uma cartaz "Abraços Grátis" no pescoço e sairia por aí, abraçando as pessoas, sem sentir nem um pouco de vergonha? Talvez sim. Mas e, sem vestir cartaz algum, você chegaria num estranho qualquer e diria "Olá, bom dia/boa tarde/boa noite", o abraçaria sem motivo algum e sairia andando como se nada tivesse acontecido? Provavelmente não e... eu também não. E isso me incomoda, porque eu mesma sei a quantidade de barreiras que construí à minha volta ao longo de tão pouco tempo; e eu não quero que isso cresça a ponto de me sufocar algum dia.
Prosperidade só vem quando estamos em perfeita paz com nós mesmos - e dinheiro nenhum compra paz de espírito. Mas como ter paz, se todo dia você buzina ou xinga um motorista no trânsito e, por isso, passa os 30 minutos seguintes estressado com todo mundo? Como ter paz se você não tem coragem de encarar as pessoas que não conhece nos olhos - e, então, não se deixa conhecer por ninguém?

Em 2014, eu quero ser livre. E eu não preciso de um carro a 200 Km/h numa estrada vazia nem de um campo enorme para correr - eu preciso hesitar menos em ser feliz, hesitar menos em deixar que sejam felizes. Eu preciso estar em paz com tudo que está a minha volta para encontrar a paz interior - a paz é só uma! A interior não coexiste sem a paz no cotidiano, nem vice-versa!

Neste ano, eu quero viver. E você, o que quer em 2014?

Especial: Sweet Sixteen


Eu nasci no dia 7 de janeiro de 1998 às 9h36min. Sim, eu faço 16 anos hoje. Sim, eu ainda não acredito e, sim, esse último ano passou voando.
E sim, eu não consegui esperar para por o blog no ar às 9h36.

Muita coisa muda quando se faz 15 anos. Alguma coisa muda quando se faz 16?

Ah, sim: os perfis do Blogger, Wordpress, Google+ e o diabo a quatro; fica tudo desatualizado por tempo suficiente para ser mais produtivo mudar pra 17, logo, e esperar pelo seu próximo aniversário.
Ah, bem, e quem sou eu? Eu sou a Thaís (com acento!), vulgo Thatabola, vulgo Thata, vulgo Thay, vulgo o que vocês quiserem, menos qualquer coisa relacionada aos meus olhos levemente - e nada mais do que isso, que fique claro - puxados.
Pra esclarecer: sou uma descendente italiana que tem olhos pequenos demais.

Apresentações feitas, volto à pergunta: o que muda quando se faz 16 anos?
Aos 15, minha vida teve de tudo um pouco - desde a maresia de não ter nada pra fazer de janeiro até agosto, até me ver louca no primeiro semestre do ensino integrado (médio/técnico). Também fiz mais amigos na segunda metade de 2013 do que no resto da minha vida inteira.

Foi inacreditável, estranho e louco ter 15 anos e, por alguma razão, acho que ter 16 será uma experiência e tanto e estou curiosa pra saber quais particularidades este ano me reserva.
Eu amo ser jovem. Posso até arriscar dizer que tenho medo de crescer; mas eu o quero - muito. Quero crescer em todos os sentidos possíveis. Menos na horizontal.

Acima de tudo, eu sinto que 2014 vai ser um bom ano para mim. E eu sei para onde estou indo, apesar de não fazer ideia de que estradas estou trilhando.
E acho que, no fundo, a graça de viver, e de ser jovem, e de, quem sabe, ser jovem pra sempre, é viver tentando. É viver, simplesmente viver, porque viver é bom. É ruim e bom ao mesmo tempo. Mas é mais "bom" do que "ruim", então, tipo na multiplicação, o sinal do maior prevalece. E a vida (o destino, o carma...) ter um bom coração é o que me mantém viva porque, se até a vida é meio perversa, mas, mesmo assim, não deixa de ser boa, eu me permito errar com mais facilidade.

O desconhecimento é meu diafragma - que me força a respirar. A sabedoria é meu oxigênio, e a escrita, meus pulmões.

Prazer.