quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Resenha: Bela Maldade, Rebecca James

Título: Bela Maldade
Título original: Beautiful Malice
Autor(a): Rebecca James
Páginas: 302
Editora: Intrínseca
♥♥♥♥

Um segredo devastador. Uma vida destruída. Uma nova amiga que ajuda a esquecer. E se ela não for quem aparenta?
Após uma horrível tragédia que deixou sua família, antes perfeita, devastada, Katherine Patterson se muda para uma nova cidade e inicia uma nova vida em um tranquilo anonimato. Mas seu plano de viver solitária e discretamente se torna difícil quando ela conhece a linda e sociável Alice Parrie. Incapaz de resistir à atenção que Alice lhe dedica, Katherine fica encantada com aquele entusiasmo contagiante, e logo as duas começam uma intensa amizade. No entanto, conviver com Alice é complicado. Quando Katherine passa a conhecê-la melhor, percebe que, embora possa ser encantadora, a amiga também tem um lado sombrio. E, por vezes, cruel. Ao se perguntar se Alice é realmente o tipo de pessoa que deseja ter por perto, Katherine descobre mais uma coisa sobre a amiga: Alice não gosta de ser rejeitada...

Atenção: esta resenha não contém spoilers grandes, mas pode conter algumas revelações do começo do enredo. Se não deseja saber, não leia.

Brilhante e diferente. São essas as palavras que, na minha opinião, melhor descrevem esse livro. Não espere por um grande suspense - na verdade, o thriller aqui é todo focado no psicológico. 

Ao virar as folhas de rosto, damos de cara com uma revelação enorme para uma introdução: Alice está morta. E a vida de Katherine Patterson, mudada para sempre. Mais ainda. Mais do que ela imaginara ser possível antes de conhecer Alice, e em níveis absurdos para Katie Boydell, seu antigo "eu" - antes de sua irmã, Rachel, ser brutal e covardemente assassinada.

Alice é popular, linda e misteriosa. Parece ser a pessoa mais gentil e bondosa do mundo, e, pela primeira vez em quase 2 anos, faz Katherine se sentir parte de algo, se culpar um pouco menos por ainda respirar. Junto com Robbie - um jovem lindo e com traços de uma tristeza não justificada em relação a Alice -, os três saem, se divertem, riem e vivem suas vidas como uma só. Mas não por muito tempo antes que as coisas comecem a dar errado.

Se alguém me perguntar o por quê de eu ter ficado fisicamente mal quando terminei o livro, eu tenho uma resposta. Há romance. Há tragédia. Há trauma. E onde há tudo isso, há Thaís chorando - ou não. Porque eu estava no carro. Indo para a praia. Com meus pais. Não pude chorar. Entenderam?

Não, Bela Maldade não é um livro sobre romance, é um livro sobre os níveis que a manipulação psicológica pode atingir - principalmente, sobre os efeitos da mudança de uma vida perfeita para uma vida destroçada e marcada para sempre - que envolve romance. E, acredite, mesmo que você não seja uma pessoa lá muito romântica, esse livro vai partir seu coração. A frase usada pelo The Wall Street Journal para descrever o livro não poderia ter sido mais certeira: "Um thriller psicológico e sexy, brilhantemente construído." Katherine tem 17 anos, Alice, 18. São adolescentes. Jovens. Curiosas. Acho que já é possível compreender o que o WSJ quis dizer com "sexy".

Se você quer uma dica, esteja sozinho quando terminar esse livro. Porque, apesar dos choques e sustos que você pode, eventualmente, levar no decorrer do enredo, Bela Maldade vai te fazer chorar - de desespero, de tristeza - apenas nas últimas 20 páginas. E com intensidade. Rebecca James fez uso de sentimentos universais e eternos, nas palavras do L'Express; e, com estes, você vai sentir na pele a dor de Katherine. Não espere por um epílogo trágico, ou por mais dor. Espere pela conformidade e a lida diária com os monstros que a vida já apresentou - como em A Esperança, de Suzanne Collins.

4 comentários:

  1. Vou ler assim que tiver tempo, vc me deixou curiosíssima!!!!!!!!!! Obg Thata

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  2. Sabia que você ia gostar! Ele é sensacional, cara :)

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    1. é sim, Ariel! Mais um adicionado à lista de "livros que ferram seu emocional". Porque leitor que é leitor não se importa de quase arrancar o couro cabeludo, não é? hahahah

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Sei que é chato isso, mas já que você não é um robô e - creio eu - tem sua opinião, não custa digitar umas palavrinhas, né? Agradecida :)